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Seminário de pesquisa aponta necessidade de maiores discussões

O Seminário de Pesquisa em EaD reuniu cerca de duzentas pessoas para troca de experiências e reflexões, entre os dias 26 e 27 de junho, na Universidade Federal de Santa Catarina. A palestra de abertura, “A industrialização da educação a distância: até onde chegamos”, foi realizada por James Petch, Professor Honorário da Universidade de Manchester, na Inglaterra. Ele assumiu recentemente a direção da empresa Telaman que desenvolve tecnologias e materiais em educação a distância.

O palestrante fez uma retrospectiva do que os teóricos das décadas passadas projetaram para o futuro da educação e o impacto que causariam as novas tecnologias. Ele elencou as previsões que deram certo, mas salientou que os computadores ainda não provocaram uma mudança tão grande quanto à esperada pelos pesquisadores. Petch afirmou, no entanto, que “a tecnologia mudou a forma de aprendizagem em todas as modalidades de ensino e temos que pensar como lidar com essas mudanças”. Ressaltou, ainda, que é preciso repensar questões que dizem respeito à educação como um todo – o que significa ser professor? Por que devemos fazer curso de graduação? –

A mudança nas práticas de ensino levantada pelo pesquisador também foi um dos assuntos mais recorrentes nas apresentações dos expositores das mesas-redondas que deram seqüência ao evento, que terminou na manhã do dia seguinte.

A primeira mesa, “A função da pesquisa na avaliação institucional da EAD”, coordenada por Renato Cislaghi, contou com a participação de Patrícia Torres (PUCPR), Suzi Pinto (FURGS), Silvia Nassar (UFSC), Beatriz Hanff (UFSC), que relataram experiências realizadas em suas universidades. As exposições focaram-se em mostrar a contribuição da avaliação institucional para a melhoria dos cursos e a importância de avaliar, em separado, ensino presencial e à distância.

Outras duas mesas também trataram especificamente da pesquisa “Relatos e experiências de pesquisa em EaD”, coordenada por Josias Hack, foi a mais longa, durou os dois dias e teve relatos de professores, alunos e tutores. A outra, “Estruturação e produção dos núcleos de pesquisa em EAD”, coordenada por Rosângela Rodrigues, aconteceu na segunda manhã do evento e contou com a presença de Katia Alonso (UFMT), Claudia Flores (NUPA), Edel Ern (UFSC).

A mesa coordenada por Araci Hack Catapan reuniu os responsáveis por alguns cursos ministrados pela UFSC: Neri Terezinha Carvalho (Matemática), Ronice de Quadros (Libras), Marcos Dalmau (Administração), Bernadete Limongi (Contábeis), Roberta Pires de Oliveira (Português), para refletir sobre o papel das atividades presenciais no EaD.

A relação diferenciada entre professor e aluno, na Educação a Distância, foi debatida na mesa “Docência na EAD: novo professor, novo aluno, novas práticas?”, coordenada por Dulce Márcia Cruz. As expositoras: Lucila Pesce (PUC-SP), Maria Elizabeth Almeida (PUC-SP), Rose Cerny (UFSC), Carmem Suzane Gimenez (UFSC) destacaram o trabalho de equipe para acompanhar o estudante e a necessidade de autonomia deste. Expositores e o público presente discutiram e trocaram experiências sobre aplicação de uma educação emancipadora.

Por último, a mesa “Avaliação contínua de aprendizagem nos ambientes virtuais da EAD”, coordenada por Mailce Borges Mota, teve como expositores Gerson Oliveira (PUC-SP), Jucimara Roesler (UNISUL), Sonia Maria Silva Correia de Souza Cruz (UFSC), Celso Tumolo (UFSC) e Marialice de Moraes (UFSC).

O evento foi avaliado pelos participantes, que registraram satisfação e expuseram a necessidade por mais debates. (Veja o resultado da avaliação do evento)

Abertura Seminario James Petch Mesa Rosangela

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